População Americana
Trabalho desenvolvido no 9º Ano B
Geografia
Professora: Rosângela Bittencourt Pereira
AQUECIMENTO GLOBAL
Trabalho desenvolvido no 9º Ano B
Geografia
Professora: Rosângela Bittencourt Pereira
AQUECIMENTO GLOBAL
O Aquecimento global é um fenômeno
climático de larga extensão—um aumento da temperatura média superficial
global que vem acontecendo nos últimos 150 anos. Entretanto, o
significado deste aumento de temperatura ainda é objecto de muitos
debates entre os cientistas. Causas naturais ou antropogênicas
(provocadas pelo homem) têm sido propostas para explicar o fenômeno.
Grande parte da comunidade científica acredita que o
aumento de concentração de poluentes antropogênicos na atmosfera é causa
do efeito estufa. A Terra recebe radiação emitida pelo Sol e devolve
grande parte dela para o espaço através de radiação de calor. Os
poluentes atmosféricos estão retendo uma parte dessa radiação que seria
refletida para o espaço, em condições normais. Essa parte retida causa
um importante aumento do aquecimento global.
A principal evidência do aquecimento global vem das
medidas de temperatura de estações metereológicas em todo o globo desde
1860. Os dados com a correção dos efeitos de "ilhas urbanas" mostra que o
aumento médio da temperatura foi de 0.6+-0.2 C durante o século XX. Os
maiores aumentos foram em dois períodos: 1910 a 1945 e 1976 a 2000.
(fonte IPCC).
Evidências secundárias são obtidas através da observação
das variações da cobertura de neve das montanhas e de áreas geladas, do
aumento do nível global dos mares, do aumento das precipitações, da
cobertura de nuvens, do El Niño e outros eventos extremos de mau tempo
durante o século XX.
Por exemplo, dados de satélite mostram uma diminuição de
10% na área que é coberta por neve desde os anos 60. A área da
cobertura de gelo no hemisfério norte na primavera e verão também
diminuiu em cerca de 10% a 15% desde 1950 e houve retração das montanhas
geladas em regiões não polares durante todo o século XX.(Fonte: IPCC).
Causas
Mudanças climáticas ocorrem devido a factores internos e
externos. Factores internos são aqueles associados à complexidade
derivada do facto dos sistemas climáticos serem sistemas caóticos não
lineares. Fatores externos podem ser naturais ou antropogênicos.
O principal factor externo natural é a variabilidade da
radiação solar, que depende dos ciclos solares e do facto de que a
temperatura interna do sol vem aumentando. Fatores antropogênicos são
aqueles da influência humana levando ao efeito estufa, o principal dos
quais é a emissão de sulfatos que sobem até a estratosfera causando
depleção da camada de ozônio (fonte:IPCC)
Cientistas concordam que factores internos e externos
naturais podem ocasionar mudanças climáticas significativas. No último
milénio dois importantes períodos de variação de temperatura ocorreram:
um período quente conhecido como Período Medieval Quente e um frio
conhecido como Pequena Idade do Gelo. A variação de temperatura desses
períodos tem magnitude similar ao do atual aquecimento e acredita-se
terem sido causados por fatores internos e externos somente. A Pequena
Idade do Gelo é atribuída à redução da atividade solar e alguns
cientistas concordam que o aquecimento terrestre observado desde 1860 é
uma reversão natural da Pequena Idade do Gelo ( Fonte: The Skeptical
Environmentalist).
Entretanto grandes quantidades de gases tem sido
emitidos para a atmosfera desde que começou a revolução industrial, a
partir de 1750 as emissões de dióxido de carbono aumentaram 31%, metano
151%, óxido de nitrogênio 17% e ozônio troposférico 36% (Fonte IPCC).
A maior parte destes gases são produzidos pela queima de
combustíveis fósseis. Os cientistas pensam que a redução das áreas de
florestas tropicais tem contribuído, assim como as florestas antigas,
para o aumento do carbono. No entanto florestas novas nos Estados Unidos
e na Rússia contribuem para absorver dióxido de carbono e desde 1990 a
quantidade de carbono absorvido é maior que a quantidade liberada no
desflorestamento. Nem todo dióxido de carbono emitido para a atmosfera
se acumula nela, metade é absorvido pelos mares e florestas.
A real importância de cada causa proposta pode somente
ser estabelecida pela quantificação exacta de cada factor envolvido.
Factores internos e externos podem ser quantificados pela análise de
simulações baseadas nos melhores modelos climáticos.
A influência de fatores externos pode ser comparada
usando conceitos de força radiotiva. Uma força radiotiva positiva
esquenta o planeta e uma negativa o esfria. Emissões antropogênicas de
gases, depleção do ozônio estratosférico e radiação solar tem força
radioativa positiva e aerosóis tem o seu uso como força radiotiva
negativa.(fonte IPCC).
Modelos climáticos
Simulações climáticas mostram que o aquecimento ocorrido
de 1910 até 1945 podem ser explicado somente por forças internas e
naturais (variação da radiação solar) mas o aquecimento ocorrido de 1976
a 2000 necessita da emissão de gases antropogênicos causadores do
efeito estufa para ser explicado. A maioria da comunidade científica
está actualmente convencida de que uma proporção significativa do
aquecimento global observado é causado pela emissão de gases causadores
do efeito estufa emitidos pela actividade humana. (Fonte IPC)
Esta conclusão depende da exactidão dos modelos usados e
da estimativa correcta dos factores externos. A maioria dos cientistas
concorda que importantes características climáticas estejam sendo
incorrectamente incorporadas nos modelos climáticos, mas eles também
pensam que modelos melhores não mudariam a conclusão. (Source: IPCC)
Os críticos dizem que há falhas nos modelos e que
factores externos não levados em consideração poderiam alterar as
conclusões acima. Os críticos dizem que simulações climáticas são
incapazes de modelar os efeitos resfriadores das partículas, ajustar a
retroalimentação do vapor de água e levar em conta o papel das nuvens.
Críticos também mostram que o Sol pode ter uma maior cota de
responsabilidade no aquecimento global actualmente observado do que o
aceite pela maioria da comunidade científica. Alguns efeitos solares
indirectos podem ser muito importantes e não são levados em conta pelos
modelos. Assim, a parte do aquecimento global causado pela acção humana
poderia ser menor do que se pensa actualmente. (Fonte: The Skeptical
Environmentalist)
Efeitos
Devido aos efeitos potenciais sobre a saúde humana,
economia e meio ambiente o aquecimento global tem sido fonte de grande
preocupação. Algumas importantes mudanças ambientais tem sido observadas
e foram ligadas ao aquecimento global. Os exemplos de evidências
secundárias citadas abaixo (diminuição da cobertura de gelo, aumento do
nível do mar, mudanças dos padrões climáticos) são exemplos das
consequências do aquecimento global que podem influenciar não somente as
actividades humanas mas também os ecosistemas. Aumento da temperatura
global permite que um ecosistema mude; algumas espécies podem ser
forçadas a sair dos seus habitats (possibilidade de extinção) devido a
mudanças nas condições enquanto outras podem espalhar-se, invadindo
outros ecossistemas.
Entretanto, o aquecimento global também pode ter efeitos
positivos, uma vez que aumentos de temperaturas e aumento de
concentrações de CO2 podem aprimorar a produtividade do ecosistema.
Observações de satélites mostram que a produtividade do hemisfério Norte
aumentou desde 1982. Por outro lado é fato de que o total da quantidade
de biomassa produzida não é necessáriamente muito boa, uma vez que a
biodiversidade pode no silêncio diminuir ainda mais um pequeno número de
espécie que esteja florescendo.
Uma outra causa grande preocupação é o aumento do nível
do mar. O nível dos mares está aumentando em 0.01 a 0.02 metros por
década e em alguns países insulares no Oceano Pacífico são
expressivamente preocupantes, porque cedo eles estarão debaixo de água. O
aquecimento global provoca subida dos mares principalmente por causa da
expansão térmica da água dos oceanos, mas alguns cientistas estão
preocupados que no futuro, a camada de gelo polar e os glaciares
derretam. Em consequência haverá aumento do nível, em muitos metros. No
momento, os cientistas não esperam um maior derretimento nos próximos
100 anos. (Fontes: IPCC para os dados e as publicações da grande
imprensa para as percepções gerais de que as mudanças climáticas).
Como o clima fica mais quente, a evaporação aumenta.
Isto provoca pesados aguaceiros e mais erosão. Muitas pessoas pensam que
isto poderá causar resultados mais extremos no clima como progressivo
aquecimento global.
O aquecimento global também pode apresentar efeitos
menos óbvios. A Corrente do Atlântico Norte,por exemplo, provocada por
diferenças entre a temperatura entre os mares. Aparentemente ela está
diminuindo conforme as médias da temperatura global aumentam, isso
significa que áreas como a Escandinávia e a Inglaterra que são aquecidas
pela corrente devem apresentar climas mais frios a despeito do aumento
do calor global.
Painel Intergovernamental sobre as Mudanças do Clima (IPCC)
Como este é um tema de grande importância, os govenos
precisam de previsões de tendências futuras das mudanças globais de
forma que possam tomar decisões políticas que evitem impactos
indesejáveis. O aquecimento global está sendo estudado pelo
Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC). O último relatório do
IPCC faz algumas previsões a respeito das mudanças climáticas. Tais
previsões são a base para os actuais debates políticos e científicos.
As previsões do IPCC baseiam-se nos mesmos modelos
utilizados para estabelecer a importância de diferentes factores no
aquecimento global. Tais modelos alimentam-se dos dados sobre emissões
antropogênicas dos gases causadores de efeito estufa e de aerosóis,
gerados a partir de 35 cenários distintos, que variam entre pessimistas e
optimistas. As previsões do aquecimento global dependem do tipo de
cenário levado em consideração, nenhum dos quais leva em consideração
qualquer medida para evitar o aquecimento global.
O último relatório do IPCC projecta um aumento médio de
temperatura superficial do planeta entre 1,4 e 5,8º C entre 1990 a 2100.
O nível do mar deve subir de 0,1 a 0,9 metros nesse mesmo período.
Apesar das previsões do IPCC serem consideradas as
melhores disponíveis, elas são o centro de uma grande controvérsia
científica. O IPCC admite a necessidade do desenvolvimento de melhores
modelos analíticos e compreensão científica dos fenômenos climáticos,
assim como a existência de incertezas no campo. Críticos apontam para o
facto de que os dados disponíveis não são suficientes para determinar a
importância real dos gases causadores do efeito estufa nas mudanças
climáticas. A sensibilidade do clima aos gases estufa estaria sendo
sobrestimada enquanto fatores externos subestimados.
Por outro lado, o IPCC não atribui qualquer
probabilidade aos cenários em que suas previsões são baseadas. Segundo
os críticos isso leva a distorções dos resultados finais, pois os
cenários que predizem maiores impactos seriam menos passíveis de
concretização por contradizerem as bases do racionalismo económico.
Convenção-Quadro Sobre Mudanças Climáticas e o Protocolo de Kioto
Mesmo havendo dúvidas sobre sua importância e causas, o
aquecimento global é percebido pelo grande público e por diversos
líderes políticos como uma ameaça potencial. Por se tratar de um cenário
semelhante ao da tragédia dos comuns, apenas acordos internacionais
seriam capazes de propôr uma política de redução nas emissões de gases
estufa que, de outra forma, os países evitariam implementar de forma
unilateral. Do Protocolo de Kioto a Convenção-Quadro das Nações Unidas
sobre Mudanças Climáticas foram ratificadas por todos os países
industrializados que concordaram em reduzir suas emissões abaixo do
nível registrado em 1990. Ficou acertado que os países em
desenvolvimento ficariam isentos do acordo. Contudo, President Bush,
presidente dos os Estados Unidos — país responsável por cerca de um
terço das emissões mundiais, decidiu manter o seu país fora do acordo.
Essa decisão provocou uma acalorada controvérsia ao redor do mundo, com
profundas ramificações políticas e ideológicas.
Para avaliar a eficácia do Protocolo de Kioto, é
necessário comparar o aquecimento global com e sem o acordo. Diversos
autores independentes concordam que o impacto do protocolo no fenômeno é
pequeno (uma redução de 0,15 num aquecimento de 2ºC em 2100). Mesmo
alguns defensores de Kioto concordam que seu impacto é reduzido, mas o
vêem como um primeiro passo com mais significado político que prático,
para futuras reduções. No momento, é necessária uma analise feita pelo
IPCC para resolver essa questão.
O Protocolo de Kioto também pode ser avaliado
comparando-se ganhos e custos. Diferentes análises econômicas mostram
que o Protocolo de Kioto pode ser mais dispendioso do que o aquecimento
global que procura evitar. Contudo, os defensores da proposta argumentam
que enquanto os cortes iniciais dos gases estufa têm pouco impacto,
eles criam um precedente para cortes maiores no futuro.
Fonte: www.jornaldomeioambiente.com.br
Conteúdo trabalhado no 9º Ano B
Turno: Vespertino
Professora: Rosângela Bittencourt Pereira
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